Quantas vezes já nos deparamos com a seguinte situação: o mundo das máquinas e da inteligência artificial avançou tanto que, às vezes, a figura do homem até parece dispensável.
Quantas vezes já nos deparamos com a seguinte situação: o mundo das máquinas e da inteligência artificial avançou tanto que, às vezes, a figura do homem até parece dispensável. O tema que alimentou a ficção científica dos anos de 1970 e 1980 acabou frustrado na realidade do século 21. Nossas máquinas evoluíram sim. Fazem trabalhos sozinhas, sob programação, sim. Mas são inteiramente dependente de nós.
Uma pesquisa encomendada pelo Fórum Mundial Econômico revela que a tecnologia irá extinguir sete milhões de empregos no mundo. Mas toda esta gente não deverá ficar fora do mercado de trabalho. A tecnologia carece da sensibilidade humana. Não tem robô sem ser humano, lembre-se disto.
Nas grandes revoluções tecnológicas, sempre ocorreram cisões com antigos paradigmas. Até o advento da informática no Brasil, antes da década de 1990, as redações de jornais, por exemplo, tinham digitadores. Sim, os repórteres escreviam suas matérias em máquinas de escrever, e para rodar na impressora era preciso digitar todos os textos em máquinas capazes de imprimir as frases para os jornais. Estes digitadores foram substituídos pelos computadores, usados pelos jornalistas. No entanto, estas pessoas não foram demitidas. Suas expertises junto às letras lhes conferiram funções de revisão, de finalização – nos computadores -, e, em alguns casos, até de chefia.
A tecnologia nunca fecha uma porta, abre janelas de possibilidades infinitas. E sem a sensibilidade humana, não há máquina capaz de produzir com qualidade. A inteligência continua sendo uma característica humana, embora a gente mesmo chame de inteligência artificial a automação das máquina. Balela, inteligente mesmo foi aquele programador ou pesquisador que desenvolveu o sistema que trouxe a automação para a máquina. Para estes, sempre haverá lugar no mercado de trabalho.
A tecnologia, apontada pelo Fórum Econômico como a algoz de sete milhões de empregos ao redor do mundo é a aliada do homem na execução das tarefas. Cabe ao homem modificar conceitos e adaptar toda esta mão de obra para a operação laboral junto das máquinas. Os trabalhadores precisam pensar nisso. Saber que a tecnologia vem para ser uma aliada e que a sua sensibilidade diante do trabalho é necessária. Grandes corporações têm boas perspectivas sobre o mercado de trabalho futuro, apesar do medo coletivo das máquinas. A tecnologia precisa da sua sensibilidade lembre-se disso.
Por Marcos Aurélio Delavald,
Especialista na comunicação mediada pela plataforma digital.