Quando era criança e sempre que saía com o pai ou mãe, lembro-me que diziam: não saia daí, para não nos perdermos. Esta frase é um ícone da infância, ilustra a necessidade de parar para ser encontrado quando um adulto precisa pagar por uma compra, ir ao banheiro ou resolver alguma situação que não permite a presença dos baixinhos.

Reportando isto para mundo profissional: será que às vezes, não é necessário deixar a vida nos encontrar? Dia destes li um pensador discutir sobre isso. Fiquei pensando e pensando, e acho que às vezes nos perdemos dos nossos objetivos, na busca incessante por eles, quer ver?

Quando focamos em alguma coisa – e veja bem que é ótimo focar, viu? – mas às vezes nos perdemos do mundo ao procurar demais por alguma coisa. A nossa busca deve ser diária, sim. Sempre precisamos estar atento às oportunidades, mas precisamos dosar esta busca.

O ideal é que não cegamos nossa visão ao ponto de não ver o que está ali na frente. Como nossos pais ensinaram: não se se perca da vida, não deixe que ela possa te encontrar dobrando a esquina.

Como fazer isso de maneira prática… Bom, é um exercício complicado, mas possível de implantarmos em nossa agenda. Na semana passada, falamos aqui em uso do tempo, correto? Muito bem, reserve um tempo para ser encontrado. Essa é na hora que você se pergunta: como assim Marcos?

Simples: sempre temos espaço em nossas rotinas para um período de avaliação de nossos processos. Se não dispomos deste espaço, precisamos fazer. Uma manhã sem compromissos no escritório não é perdida. Vai que a vida lhe acha naquele dia? Precisamos estar esperando para ser encontrados, lembra como era sair com o pai e a mãe quando éramos crianças?

No mundo contemporâneo, dos resultados – potencializados agora em meio a pandemia do novo coronavírus – necessitamos ter tempo para avaliar, para estar visíveis e deixar que a vida nos encontre. Faça um teste: reserve um turno por semana para esperar a vida te encontrar.

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