
Hoje eu quero propor uma discussão sobre empatia. Será que a gente sabe o que é isso? Eu devo confessar que antes desta crise gerada pela pandemia da Covid-19, o nosso temido coronavírus, eu pouco tinha feito o exercício de me colocar no lugar do outro e ter empatia pelo meu semelhante.
E esta empatia vai muito além da capacidade de entender que todos estamos em dificuldade, ela continua. A empatia que o coronavírus nos ensina-nos mostra que mais do que nunca teremos que nos ajudar para superar o atual momento e todo o problema social e financeiro que experenciamos agora.
Nossa geração não sabe o que é isso. Tampouco a de nossos pais, não aprendemos a lição de ajudar o próximo e agora esta será a nossa remissão. Para seguirmos em frente necessitaremos uns dos outros, da nossa empatia e da empatia alheia.
Mas o que diz a empatia sobre o mundo dos negócios? Tudo e nada; depende como olhamos para ela. O capitalismo ao qual nos habituamos acabou. Sinto em dizer, mas especialistas em economia, sociologia e geografia humana pintam o quadro da nova ordem social que é muito mais colaborativa do que lucrativa.
Todos nós empreendedores ou empregados temos o objetivo comum de prosperar, de ter lucro e isso não é errado, faz parte da lógica do mundo e continuará sendo assim. O que muda é o nosso ponto de vista sobre este lucro, sobre a forma como iremos alcança-lo, é difícil de entender, mas é necessário.
Estes dias de confinamento em casa com os filhos nos mostra que em sua essência, crianças tem empatia com o próximo. Certo dia li que um adulto é uma criança de idade, a psique nos mostra que os adultos são, de fato, crianças crescidas. Vamos observar como elas lidam com as dificuldades delas e dos seus pares.
O mundo está carente desta empatia e ela será nosso combustível para empreendermos a partir de agora. Nunca precisamos tanto uns dos outros e nunca tivemos que nos relacionar tão bem, uns com os outros, pois neste movimento de retomada, todos teremos carências, necessidades e provações. Se pudermos contar com a tolerância e a coragem de nossos pares, esta travessia será bem mais segura e passageira. Lá na frente, onde o nosso olhar ainda não alcança, teremos orgulho de nós mesmos e ensinaremos a humanidade o real sentido de ser. Isto vale para tudo, acredite.