Eu acredito no pode do ser humano. Sou um entusiasta das pessoas, creio que elas mesmas têm as respostas das quais necessitam, sabem como encontrar a solução para os seus dilemas e têm o poder infinito de prosperar. Neste sentido, existe um dos dons humanos, copiado por máquinas e sistemas de inteligência artificial, sem muito sucesso. O poder da fala, da capacidade de entendimento é transformador, único e produtivo.

O que os casais chamam de discutir a relação é a tônica do sucesso nos empreendimentos também. O contrato psicológico com os outros, especialmente a capacidade de ouvir é muito importante. Falar é uma parte da comunicação, ouvir também é, por isso que temos uma boca e dois ouvidos.

No mundo do trabalho esta tendência do falar tem, pelo menos 60 anos, mas nunca ganhou tanto destaque. Quando se estabelece uma relação de trabalho existem cláusulas de um contrato que não é físico. Está implícito na relação entre as partes e tem regras em duas esferas. As conscientes, que estão na linha do desempenho do empregado e os benefícios materiais que esta relação oferta.

Existem ainda as necessidades inconscientes, que ficam no campo dos desejos pessoais – tanto do empregado quanto do empregador. Diga-me, honestamente, sem discutir a relação, como saber quais são os desejos de cada um dos entes nesta relação.

A conversa franca no ambiente de trabalho ajuda a reduzir a insegurança no mesmo tempo em que orienta o comportamento. É doutrinador, mas também lúdico. Como é bom poder olhar no olho e falar, abertamente o que se espera, sem ressalvas ou falsos pudores, como em um relacionamento afetivo.

Para ter sucesso, o ideal é que estas DRs no mundo corporativo sejam periódicas, especialmente com quem chega como novato, ou quem ingressa como estagiário. Quanto mais jovem, mais necessária é a fala. O contrato psicológico que se estabelece é a tônica das relações duradouras e felizes, também no ambiente corporativo.

Por Marcos Aurélio Delavald,
Especialista na comunicação mediada pela plataforma digital.
Imagem: Divulgação

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